O câncer de bexiga é um dos tumores mais frequentes e ocupa atualmente o 4º lugar (10% dos casos) nos homens e o 8º lugar (4% dos casos) na mulher sendo o segundo mais tratado pelos urologistas. O câncer de bexiga é o segundo tipo de câncer mais frequente do trato do urinário.
O câncer de bexiga é mais frequente em homens e as chances de desenvolvimento deles aumenta muito após os 60 anos de idade e está mais vinculado a fatores ligados ao estilo de vida do que predisposição genética. Um dos principais causadores deste tipo de câncer é o cigarro.
O tabagismo é o fator de risco mais significante, pois está presente em cerca de 50% dos casos de câncer de bexiga no sexo masculino e em 35% entre as mulheres. Os tabagistas apresentam uma chance 2 a 4 vezes maiores de desenvolver câncer de bexiga, quando comparados aos não-fumantes. Quando o uso de tabaco é interrompido, diminui-se a chance de aparecimento da doença, embora a ação dos fatores cancerígenos presentes possam perdurar no organismo por mais de dez anos.
A maioria dos tumores da bexiga é diagnosticada a partir da presença de sangue na urina (hematuria), que é o principal sinal de alerta, ocorrendo em 37% a 62% dos pacientes. Nesses casos, a hematúria é, mais frequentemente, macroscópica (a presença do sangue pode ser detectada a olho nu sem auxílio do microscópio) e total (está homogeneamente misturada com o sangue).
Nos casos em que além do sangue na urina ainda há dor ou outros sintomas irritativos, como urgência miccional ou quando o paciente vai muitas vezes ao banheiro, deve-se pensar além da hipótese de câncer, em causas inflamatórias, infecciosas ou mesmo “pedra na urina”.
Outros sintomas mais raros do câncer de bexiga são dor lombar (“dor nas costas”), presença de massa palpável no hipogástrio (“barriga”) ou edema (“inchaço”) nos membros inferiores (coxas, pernas e pés). A doença quando se encontra num grau mais avançado pode vir acompanhada de emagrecimento entre outras manifestações.
O diagnóstico é feito através de diferentes exames clínicos realizados no consultório, como palpação abdominal, toque retal e toque vaginal. Além desses exames, existem exames complementares, como exames de urina (para detectar presença de sangue invisível a olho nu), ultrassonografia de vias urinárias, urografia excretora e citoscopia.
A citoscopia (endoscopia da bexiga) é o melhor exame para o diagnóstico de tumor da bexiga, sendo que se trata da visualização do interior das vias urinárias através da inserção de um citoscópio pela abertura da uretra. Atualmente, com os modernos aparelhos flexíveis, tornou-se mais fácil e mais cômodo realizar a citoscopia no consultório com anestesia local.
A escolha do tratamento deverá ser feita pelo médico urologista, que se baseará nas características do tumor e nas particularidades dos pacientes. Atualmente, devido a abundância de métodos terapêuticos eficientes, as chances de cura para os diversos tipos de tumores da bexiga são altas.
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